Como era de se imaginar, a bancada evangélica na Câmara Municipal de Petrolina-PE não deixou barato a decisão do Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em exigir das igrejas e templos evangélicos o esquema vacinal completo ou teste negativo para Covid-19 a partir de um público de 300 pessoas presentes nesses espaços. Nos discursos, o tom de revolta dos Vereadores que integram a bancada era visível.
Primeiro a falar, Diogo Hoffmann (PSC) já foi
logo apresentando um requerimento verbal destinado ao Presidente da Assembleia
Legislativa de Pernambuco (Alepe), Deputado Eriberto Medeiros (PP). O pedido é
para que Medeiros e os demais parlamentares sustem o decreto do Governador, que
considerou “arbitrário e absurdo” em
relação às igrejas e templos.
Para Hoffmann, fica claro que Paulo Câmara “não gosta de igrejas”. “A intolerância
desse Governador com os cristãos e as igrejas evangélicas está demonstrada desde
os decretos arbitrários de lockdown, que abriam concessionárias de veículos e
mandavam fechar as igrejas, sem nenhum critério científico ou estudo que
justificasse a adoção dessas medidas restritivas”, disparou o Vereador.
Na mesma linha, Ruy Wanderley (PSC) disse que
irá apresentar, na sessão da quinta-feira (30), uma moção de repúdio contra
Paulo Câmara ao ressaltar que a nova medida representa “uma ditadura sanitária” e
uma “perseguição” aos cristãos e evangélicos. “Quem deve proteger os vacinados
é a vacina, e não o passaporte sanitário. Quantas e quantas pessoas estão
morrendo, e que tomaram a segunda dose? Enquanto Vereador, não posso permitir
esse absurdo”, declarou Ruy, acrescentando que a medida é inconstitucional.
Osinaldo Souza (MDB) foi outro que não poupou
críticas ao socialista, chamando-o inclusive de “anticristão”.
Questão
política
A nova medida do Governador também está sendo
vista como uma questão política. Hoffmann acredita que seja pelo fato da
proximidade das eleições do ano que vem, diante das articulações feitas pela
oposição no Estado. Já o líder da bancada, Josinaldo Barros (PSC) acredita que
o povo evangélico está sendo perseguido por ter votado no presidente Jair
Bolsonaro em 2018. Ele também considerou “irresponsável”
a conduta de Paulo Câmara. “Hoje temos os
shoppings, os estádios com torcidas voltando, os bares, e ninguém fiscaliza
nada”, completou.
Fonte: Blog
do Carlos Britto
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