O Sindicato dos Bancários confirmou a greve de
funcionários da Caixa Econômica para esta terça-feira dia 27 em todo o Brasil. A
paralisação será por 24 horas e deve abranger toda a operação das agências,
além dos funcionários em home office, que também estão sendo orientados a
paralisar atividades ao longo do dia.
Ainda assim,
a entidade afirma que as operações feitas pela internet continuarão
funcionando, ainda que de forma reduzida, para atender os beneficiários do
auxílio emergencial e de outros serviços.
O sindicato
está reivindicando o cancelamento da abertura de capital da Caixa Seguridade,
que está marcada para a próxima quinta-feira dia 29. “Pedimos desculpas à população,
no entanto, é melhor um dia não funcionando do que não funcionando sempre”,
diz Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
região e funcionário da Caixa.
Os
trabalhadores protocolaram uma denúncia na Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) no último dia 20, apontando irregularidades na operação que prevê a venda
de 15% das ações de um dos braços do banco estatal. “O que a gente reivindica é o fim
da privatização aos pedaços da Caixa”, diz Dionísio. “Todos os IPOs grandes
foram cancelados porque o preço está muito abaixo de qualquer expectativa”.
Contratações e vacinas
Além do
cancelamento da venda das ações, o sindicato também reivindica a urgente
contratação dos funcionários que passaram em concurso público promovido pelo
banco em 2014 e que não foram chamados pela empresa. “No país inteiro, mais de 120
milhões de pessoas utilizaram a Caixa durante a pandemia para acessar o FGTS, o
Bolsa Família e o auxílio emergencial. Falta empregados e o banco está
recorrendo à Justiça para não contratar mais”, diz Dionísio.
O sindicato afirma que 20 funcionários da Caixa morreram nos dois primeiros meses deste ano de Covid-19, superando os 18 óbitos no ano passado inteiro. Pelo aumento da exposição, em especial por conta do aumento do fluxo de clientes nas agências para resgate do auxílio emergencial, o sindicato pede que os funcionários sejam incluídos entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização.
A Caixa foi
procurada pela reportagem, mas não havia se manifestado até a publicação desse
texto.
Fonte: CNN
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