Menina de 10 anos que engravidou depois de ser estuprada recebe alta e não está mais em Pernambuco

 

 A menina da idade de 10 anos, que veio a engravidar depois de sofrer estupro pelo próprio tio, teve alta do Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros), e já foi embora de Pernambuco. Essas informações foram repassadas hoje quarta-feira dia 19 através da unidade de saúde na  qual a menina foi atendida. Não foi informado pelo Cisam o horário e dia que a menina, residente no do Espírito Santo saiu  do hospital.

 

 De acordo com informações a menina entrou no hospital dentro de um porta-mala. Ela não somente precisou viajar até  a capital pernambucana Recife para realizar o aborto, teve também que entrar escondida na unidade médica, enquanto o médico e diretor Olimpio Moraes dispistava vários líderes religiosos e políticos que tentaram bloquear as entradas e protestarem contra a decisão de fazerem todo o processo de aborto.

 

 Olimpio Moraes disse que a perseguição começou logo no aeroporto quando anotaram a placa do veículo que estava conduzindo a menor. A pessoa responsável por publicar o nome dela foi Sara Giromini, popularmente conhecida como Sara Winter que faz parte do grupo de Bolsonaro, que corre o risco de receber uma investigação por violar à Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Código Penal pela atitude errada.

 

A equipe médica do Cisam recebe apoio em manifestações  de estudantes: 

 

 A equipe médica Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros) receberam manifestações em apoio dos estudantes de Medicina e Educação Física da Universidade de Pernambuco (UPE) com lindos balões e frases repleta de solidariedade e levaram um ursinho de pelúcia e uma cesta de chocolates para a menina que foi covardemente estuprada várias vezes. Eles não se intimidaram com os protestos de alguns líderes religiosos em frente ao hospital na manhã da última terça-feira dia 18 na tentativa de impedir o aborto.

 

 O pai da menor está preso, e ela não tem mãe. De acordo com dados da União Brasileira de Mulheres, a mesma estava sob os cuidados da avó. "Com a prisão do tio, ele chegou a dizer que também fizessem o exame no avô e no outro tio da menina, o que dá a entender que ela sofria violência por outros membros da família, o que é bastante preocupante", disse Laleska dos Santos.

 

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