Mãe de Beatriz afirma que funcionário que apagou imagens do dia do crime é casado com policial civil de Petrolina

Uma nova revelação do caso Beatriz veio à tona durante uma manifestação realizado pelos pais da menina, no Palácio Campo das Princesas, em Recife (PE). Quase dois anos após o crime, a mãe de Beatriz acredita que a demora nas investigações se dão por falta de comprometimento de parte do quadro policial. “Não existe crime perfeito, existe crime mal investigado. A impressão que eu tenho é que tem um grupo de dentro da própria polícia do estado de Pernambuco impedindo que essa investigação seja elucidada. Tem pessoas que não colaboram na investigação”, apontou.
Lucinha Mota revelou que detalhes da investigando, citando nomes, e afirmando que um funcionário com o nome supostamente envolvido no crime tem uma relação conjugal com uma policial civil que atua na mesma delegacia que está sendo investigado o caso de Beatriz. “Existe uma equipe na escola como Carlos André, Lorailde e Alisson, que é casado com a policial, ou até mesmo a própria diretora e para formatar o HD com as imagens, só com a senha do administrador ou se ele retirasse o computador da escola, a polícia precisa dizer se fez perícia desses equipamentos, que envolvem essa equipe”, citou Lucinha Mota.
Manifestação no Palácio Campo das Princesas
Em entrevista ao Nossa Voz, a mãe da menina Beatriz, Lucinha Mota fez um balanço dessa manifestação ontem, dia 13, na capital pernambucana. Ela explica que foi atendida por representantes do governo e que algumas solicitações foram atendidas, entretanto, o pedido urgente da família é a prisão imediata de um funcionário do colégio onde a menina foi assassinada por ter apagado imagens que ajudariam na solução do caso.
“Conversamos bastante e levamos algumas demandas e eles concordaram que a gente pode contribuir de alguma forma. A gente pediu a prisão imediata do funcionário que apagou as imagens do colégio. Eu quero resposta. Eu quero uma medida preventiva contra esse funcionário. As pessoas precisam saber dessas informações”, destacou Lucinha Mota. Ela diz que a polícia e a família têm a identificação desse suposto funcionário que teria apagado as imagens da câmera. “São muitas as evidências”, completou.
Ela confirmou a informação de que teria iniciado uma greve de fome em busca de mais celeridade nas investigações. “Eu disse que se eles não atendessem as minhas solicitações eu não ia embora daqui e ia ficar as duas semanas sem comer, mas eles me deram respostas rápidas e eu encerrei [a greve de fome]”, disse.
O espaço fica aberto para que o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora possa se pronunciar a respeito das declarações de Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz.
Gabriela Canário Redação Nossa Voz

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