Instituição rebate denúncias de mãe de Beatriz e diz que revelação de nomes coloca em risco vida das pessoas

Colégio Nossa Senhora Auxiliadora rebateu as acusações da mãe de Beatriz Mota, assassinada em dezembro de 2015 dentro da instituição. Em entrevista ao Nossa voz, Lucinha Mota revelou que detalhes da investigação, citando nomes, e afirmando que um funcionário com o nome supostamente envolvido no crime tem uma relação conjugal com uma policial civil que atua na mesma delegacia que está sendo investigado o caso de Beatriz. “Existe uma equipe na escola como Carlos André, Lorailde e Alisson, que é casado com a policial, ou até mesmo a própria diretora e para formatar o HD com as imagens, só com a senha do administrador ou se ele retirasse o computador da escola, a polícia precisa dizer se fez perícia desses equipamentos, que envolvem essa equipe”, citou Lucinha Mota.
Em nota, a instituição disse que a “identificação e captura do responsável, ou responsáveis, pelo crime é de total interesse do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora” e que “nunca existiu, nem nunca existirá, a intenção de dificultar a ação da polícia na investigação”. Ainda no texto, o colégio afirma que “a instituição abriu suas portas, disponibilizou todo seu pessoal e todas as imagens que possuía para os agentes da Polícia, inclusive financiando o tratamento de imagens de algumas de suas câmeras, o que permitiu a divulgação do suspeito pelas autoridades policiais”.
Em relação aos nomes dos funcionários citados pela família da ex-aluna, Beatriz Mota, “a Escola repudia tal atitude, uma vez que coloca em risco a integridade física e moral de tais pessoas, que são colocados como suspeitos sem que haja nenhum indício. Vale ressaltar que somente as autoridades que comandam o inquérito têm respaldo para divulgar informações sobre o crime e qualquer afirmação, partindo de leigos e sem a devida comprovação, prejudica o andamento das investigações e permite que pessoas inocentes sejam acusadas indevidamente. Destaca-se ainda que todos os citados foram ouvidos pela Polícia em diversas ocasiões”.
Quase dois anos após o crime, a mãe de Beatriz acredita que a demora nas investigações se dão por falta de comprometimento de parte do quadro policial. “Não existe crime perfeito, existe crime mal investigado. A impressão que eu tenho é que tem um grupo de dentro da própria polícia do estado de Pernambuco impedindo que essa investigação seja elucidada. Tem pessoas que não colaboram na investigação”, apontou.
Nossa voz 

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