Delegado diz que continuam investigações de homem preso em Lagoa Grande

Um homem foi detido no fim da manhã de ontem, dia 30, como suspeito de ter cometido o homicídio ocorrido na madrugada do dia 28/10/2017 na cidade de Lagoa Grande-PE, onde vitimou Jean da Silva Santos, 29 anos, a pedradas. Foi relatado que Jailson José João de Sá, de 27 anos, havia chegado no dia do crime na casa de uma testemunha com a roupa manchada de sangue. O Suspeito foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Petrolina, onde foi instaurado Inquérito por Portaria.
De acordo com o delegado de Lagoa Grande, Vagner Volpi, foi encontrada uma mordida no corpo do suspeito, mas não confirmou que há sangue na roupa que ele usava. “Há uma mordida na perna do suspeito que ele alega que foi feita depois de uma discussão, informação que vamos usar nesse processo de investigação”, explicou.
Com a prisão, espalhou-se nas redes sociais na internet informações de que o suspeito poderia ser ainda o autor do assassinato da menina Beatriz Mota, morta brutalmente em dezembro de 2015 durante uma festa de formatura em um colégio particular de Petrolina. Durante o interrogatório, o homem não confessou envolvimento na morte de Jean da Silva Santos, motivo pelo qual foi detido; e nem no assassinato da menina Beatriz Angélica Mota.
O delegado Vagner Volpi explicou que mesmo com a liberação do suspeito, por falta de provas, a investigação continua. “Estamos investigando a morte de Jean desde sábado colhendo depoimentos. A gente precisa entender que entre ele ser [o autor do crime] e provar que ele é, há uma distância. Há boatos que dizem que ele é, mas nós estamos investigando. Temos o dever de tentar a prisão do assassino, mas temos o dever ético de não manter preso quem não cometeu o crime”, enfatizou.
Vagner Volpi falou ainda sobre o perigo de se espalhar informações sem a confirmação da veracidade. “A gente tem que tomar muito cuidado pela propagação rápida da internet, porque se ele fosse o autor [do crime] ficava fácil de fugir porque ia saber antes. Se ele não fosse [autor do crime], poderia ser um inocente morto”, destacou.
Caso Beatriz Mota
          
Sobre a ligação do suspeito com o assassinato de Beatriz Mota, o delegado disse que o inquérito corre em segredo de Justiça. A redação do Nossa voz questionou ao delegado Marceone Ferreira, de Petrolina, quais os indícios que levam a crer que o homem possa ser o assassino de Beatriz Mota. Ele foi enfático e afirmou que apenas a aparência, mas que investigará o caso. “Não temos como provar ainda, vamos fazer as perícias necessárias”, explicou.
Cumprindo protocolo padrão realizado pelas polícias, a saliva do homem foi colhida pela Polícia Científica, no IML de Petrolina. O material genético será comparado ao material recolhido na faca utilizada no crime de Beatriz. O resultado do DNA deve sair em 10 dias, quando as Polícias Civil e Científica irão se pronunciar sobre o fato.
Gabriela Canário Redação Nossa Voz

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