O
pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de
Deus, foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Timóteo por lavagem de
dinheiro. Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de
condução coercitiva – quando o investigado é levado a depor e liberado.
A Operação Timóteo investiga um esquema de corrupção em
cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM – tem como
destino os municípios).
Malafaia é suspeito de apoiar na lavagem do dinheiro do esquema,
que recebeu valores do principal escritório de advocacia investigado. A
suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter
“emprestado” contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência
com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.
O mandado de condução coercitiva na Operação Timóteo provocou a
ira do pastor Silas Malafaia. No dia da condução coercitiva, em seu Twitter,
colérico, o pastor publicou mensagens, áudio e vídeo negando as suspeitas da
investigação.
“Eu sei o poder das trevas”, afirmou em áudio.
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O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo,
integrante da Bíblia Cristã: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em
armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a
mergulharem na ruína e na destruição”.
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