Representantes de seis
secretarias e órgãos estaduais apontaram os cortes nos repasses de verba do
Governo Federal como principal causa para o atraso e paralisação de dezenas de
obras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Pernambuco. Em reunião solicitada
pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB), nesta terça-feira (02), os
diretores e secretários apresentaram, na Assembleia Legislativa, planilhas e
balanços comparativos que comprovam uma queda significativa no ritmo dos pagamentos
conveniados pela União e Estado.
Entre as obras mais
afetadas pelos cortes foram elencadas barragens na Mata Sul, corredores de
mobilidade na Região Metropolitana do Recife, a Adutora do Agreste, intervenções
para melhorar o esgotamento sanitário nos municípios e habitacionais do
programa Minha Casa, Minha Vida. Segundo o secretário de Recursos Hídricos,
Almir Cirilo, há obras paradas como as barragens de Gatos e Panelas que não
recebem recursos federais desde 2014. “O motivo hoje das paralisações é que
faltam recursos da União. Desde meados do ano passado, o atraso no repasse travou
o andamento das obras”, reforçou Cirilo.
Por conta dos atrasos nos
pagamentos, segundo os representantes do Governo, alguns contratos tem sido
abandonados pelas empreiteiras responsáveis pelas obras e existe possibilidade
de novas desistências. “Tivemos ontem uma reunião muito difícil com uma
fornecedora de tubos da Adutora do Agreste, que tem cobrado os pagamentos.
Entendemos o contingenciamento de recursos, mas após quatro anos de seca as
obras de abastecimento de água precisam ser priorizadas pela União”, cobrou o
presidente da Compesa, Roberto Tavares.
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