Gerente do IPA e empresário responsável pela execução do Programa Terra Pronta dão explicações sobre taxa paga por agricultores em Lagoa Grande


Após questionamentos levantados na sessão da Casa Zeferino Nunes em Lagoa Grande(PE) na semana passada pelo vereador Joaquim da Rocinha em relação a uma suposta taxa que estaria sendo paga pelos agricultores por serviços de tratores em aração de terra do Programa Terra Pronta, o gerente do IPA e o dono da empresa licitada para a execução do programa dão explicações na tribuna da casa legislativa.

Diante do fato levantado pelo vereador, na sessão da última segunda(06), foram convidados a dar esclarecimentos na tribuna da Casa Zeferino Nunes, o gerente regional do IPA João Batista e Zé Américo proprietário da empresa ganhadora de licitação para execução do Programa Terra Pronta no estado de Pernambuco.

Além deles, também estiveram respondendo questionamentos dos parlamentares foram o presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável do município Francisco Araújo e o Secretário de Agricultura do município Olavo Marques.

De acordo com o presidente do Conselho de Desenvolvimento, a informação do vereador Joaquim do pagamento da taxa pelos agricultores, foi recebida com surpresa.

“Pra nós foi uma surpresa que estava sendo cobrado uma taxa a mais de cada agricultor e agricultora para poder fazer uma hora, enquanto no contrato do estado trata-se hectare”, disse Francisco.

Ele afirmou que o conselho é contrário a qualquer taxa que venha ser cobrado do agricultor pelo governo do estado onde se diz que é um hectare para cada agricultor.

Em levantamento feito pelo conselho, 12 associações os agricultores pagaram a taxa que variou de R$ 5 a R$ 35 reais.
ParaDSC00081 Francisco Araújo não se tem detalhes de onde partiu a autorização para tal cobrança e propõe que seja devolvida a taxa aos agricultores que pagaram, e que a taxa é paga ao tratorista para que seja complementado o número de horas para cada agricultor e em comum acordo feito entre associação e associados.

“Eu nem culpo a empresa e nem o IPA, o que eu tô culpando é as associações que devem parar com isso, e deixem voltar as horas e não tem que pagar complemento”, disse Francisco Araújo.
Para o secretário de agricultura Olavo Marques, o programa é de grande importância para o agricultor, mas deve-se ser reavaliado e propôs que seja revertido o FEM da agricultura familiar avaliando a previsão de chuvas para o decorrer do ano, na falta da chuva que o recurso seja investido em equipamentos como forrageiras, ensiladeiras, tratores e outros.
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Em tom de não ter gostado nada do questionamento levantado pelo vereador Joaquim da Rocinha, o empresário Zé Américo proprietário da empresa contratada pelo governo do estado para execução do Terra Pronta.

“Eu nunca mandei nenhum dono de trator cobrar taxa de vocês, eu nunca mandei nunca orientei cobrar taxa de vocês”, disse Zé Américo.

Ele alegou que vem sendo muitas vezes impedido de trabalhar devido as lideranças políticas de vereadores e prefeitos preferem dar chance aos donos de tratores do município.

“Eu não posso pagar pelo erros dos outros, não posso ser culpado porque tão cobrando uma taxa, quando eu não mandei cobrar nada”, afirmou Zé Américo.

Em relação ao tempo de aração ele destacou que nunca foi por hora e sim por hectare como contratado.

“A taxa será devolvida não para o dono do trator. A taxa vai ser devolvida ao agricultor”, afirmou o empresário.
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O Gerente Regional do IPA João Batista, foi o último a dar esclarecimentos.
“Não é recomendação do IPA, nem da diretoria do IPA, nem do governador e nem do secretário que se cobre nenhum centavo de agricultor”, destacou João Batista.

O gerente também frisou que o programa Terra Pronta não se trabalha com aração de terra por hora e sim por hectare.

João Batista deixou claro e pediu  que fosse registrado que nem o governador quanto menos o secretário  ou a diretória do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA não é permitido que seja cobrado qualquer valor ao agricultor.

Texto e fotos: Lagoa Grande Noticia.

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