Ao entrar na lista de investigados, Fernando Bezerra deixa vitrine, vira vidraça e coloca PSB em lugar incômodo

Por:  / DP

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A inclusão de Fernando Bezerra Coelho (PSB) na relação dos políticos que serão alvo de inquérito por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras coloca mais um pernambucano na incômoda situação de investigado, de possível condenado.
desde que assumiu o mandato de senador, no início de fevereiro, o ex-ministro da Integração Nacional passou a se movimentar num ritmo intenso.
Ocupou espaços políticos no Senado, se inseriu nas discussões nacionais do PSB e, mesmo estando na oposição, já se encontrou com o ex-presidente Lula.
Estar na lista é deixar a vitrine e assumir a condição de vidraça.
Obviamente investigação não é sinônimo de culpa. Porém, é capaz de provocar estragos na imagem, no currículo, na carreira, enfim.
O PSB que até então mantinha-se fora da lista, agora já não conta com esse trunfo.
Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
E mais complicado. O que depoimento que fundamenta o pedido investigação de FBC tem relação direta com o ex-governador Eduardo Campos (PSB). Mais espeficamente com a campanha de reeleição do líder socialista falecido em agosto de 2014.
Em depoimento à operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que o senador Fernando Bezerra Coelho pediu, por intermédio do doleiro Alberto Youssef, a quantia de R$ 20 milhões para a campanha de Eduardo à reeleição ao governo de Pernambuco em 2010.
Segundo o Costa, que fez acordo de delação premiada, o próprio Youssef confirmou posteriormente a entrega do dinheiro, que teria sido feita no início de 2010.
Claro que com Eduardo morto, a sua eventual relação do ex-governador com os R$ 20 milhões não será alvo de investigação.
Mas com o inquérito sobre o envolvimento de FBC não há como não fazer referência à reeleição do ex-líder do PSB.
Fernando Bezerra já afirmara que nunca atuou na captação de recursos de campanha e que por isso não tinha sido incluído na lista dos alvos de inquéritos da Procuradoria Geral da República.
Fazia alusão ao fato de não ter aparecido na lista inicial, divulgada na sexta-feira (06). Agora, a negativa terá de ser usada na defesa junto ao Supremo Tribunal Federal.

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