Os médicos do Hospital Dom Malan (HDM), em Petrolina, no Sertão pernambucano, decidiram em reunião nesta quarta-feira (28) que não vão pedir demissão dos cargos, assim como foi cogitado no início do mês. No encontro, estavam presentes representantes da Secretaria Estadual de Saúde, Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), membros da diretoria do HDM, além do corpo clínico de obstetrícia do hospital.
“A reunião foi positiva e bastante proveitosa. Ficou acordado que haverá uma recomposição das escalas. Houve um esforço mútuo. Os médicos que continuam no serviço vão fazer um esforço para cobrir algumas lacunas, enquanto o IMIP vai se esforçar para tentar trazer de volta os profissionais que pediram demissão, diante das mudanças que vêm ocorrendo. A gestão também ficou responsável pela contratação de novos médicos para suprir a demanda da unidade”, explicou o vice-presidente do Simepe, Tadeu Calheiros.
Ainda segundo Tadeu, os médicos se comprometeram em assumir os plantões vazios, com uma escala extra. “Algumas escalas ficaram com três profissionais e outras já contam com cinco médicos. Nossa expetativa é de que todos os plantões sejam compostos por cinco profissionais por cada turno, assim como foi acordado. Enquanto o fluxo de atendimentos não volta à normalidade, o hospital continuará em sistema de restrição de serviços. Esperamos que em 30 a 40 dias a escala esteja regular”, detalhou o vice-presidente do Simepe.
Após a demissão de 12 médicos que alegaram sobrecarga de trabalho, o Hospital Dom Malan conta com 18 ginecologistas e obstétras, onde, segundo o Simepe, o correto são 35 profissionais, sendo cinco por plantão.
No dia 24 de fevereiro haverá uma nova reunião para fazer uma avaliação da situação do HDM, observando os avanços realizado.
Do G1 Petrolina
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