Cerca de 10 mil manifestantes ocuparam a ponte Presidente Dutra, diz CUT, contra as reformas trabalhista e previdenciária de Temer

Grande rio Fm
Depois de uma concentração na praça do Bambuzinho, no Centro de Petrolina, manifestantes de diversos movimentos e sindicatos seguiram até a Ponte Presidente Dutra, que liga as cidades de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco. Eles encontraram com um outro grupo que vinha da cidade baiana e se uniram na causa. A ocupação aconteceu por volta das 10:30 h da manhã. Segundo a Central Única dos Trabalhadores, cerca de 10 mil pessoas estiveram no local.
De acordo com a diretora de assuntos extraordinários do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina (SINDSEMP), Elena Oliveira, o momento é de extrema importância para os trabalhadores e que é preciso união das forças na luta contra as imposições do Governo. “Um funcionário não vai aguentar 49 anos de contribuição. Os nossos filhos vão envelhecer sem ter direito de aposentadoria. É neste momento que a gente pensa que acabou a aposentadoria especial de todos os trabalhadores. A gente quer fazer essas denúncias”, explicou.
A classe estudantil também mostrou força e aderiu ao movimento. A Diretora da União dos Jovens Socialistas (UJS) e presidente do Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE) de Juazeiro, Bruna Barbosa, disse que as reformas atingem diretamente a classe. “Nós estamos saindo das faculdades sem perspectivas de aposentadoria. Nossos direitos estão sendo retirados e nós precisamos nos unir à essa luta da classe trabalhadora”, enfatizou.
O representante regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Robson Nascimento, explicou que todas as classes estão unidas na causa e que a categoria não vai desanimar em lutar contra as imposições do Governo. “É um momento difícil porque é uma retirada de direitos e também de reforma da previdência. A Lei deixou de ter valor para os trabalhadores porque o Governo deu o poder dos empresários negociarem com os funcionários. A gente sabe que essa negociação é injusta porque não existe esse acordo sem uma representação coletiva. Nós não vamos aceitar esse retrocesso”, disse.
Munidos com apitos, cartazes, faixas e palavras de ordem, eles reivindicam contra a Lei da Terceirização e a Reforma da Previdência. A Polícia Rodoviária Federal organizou a multidão e os veículos que aguardavam a liberação da ponte. A manifestação não impediu a passagem de veículos de emergência e os integrantes eram, a todo momento, orientados quanto à organização e segurança do protesto. O grupo desocupou o local por volta das 11:50h.
Gabriela Canário

Comentários